Sobrinho e filho também venceram no mesmo evento do retorno triunfal de Popó Freitas

O campeão voltou! Popó vence por nocaute em seu retorno aos ringues, luta foi realizada na Arena Santos, com patrocínio da Memorial. A aposentadoria definitivamente ficou de lado. O...

O campeão voltou! Popó vence por nocaute em seu retorno aos ringues, luta foi realizada na Arena Santos, com patrocínio da Memorial.

A aposentadoria definitivamente ficou de lado. O campeão voltou! Convincente e determinado. Quatro vezes melhor do Mundo, o ídolo do boxe, Acelino Popó Freitas, fez sua reestreia nos ringues na noite de sábado (15), na Arena Santos, em grande estilo e do jeito que está habituado, nocauteando seu adversário. A 40ª vitória na carreira, com a 34ª vez levando o rival para a lona, foi sobre o argentino Mateo “El Chino” Verón, diante de um ginásio lotado no evento realizado pela Memorial.



Com plano de chegar ao quinto título mundial já em 2016, o brasileiro lutou pela categoria super meio médios (69,8 kg), sob os olhares de dois outros ícones do boxe e que também já foram campeões mundiais, Eder Jofre e Miguel de Oliveira, além de Irani Rodrigues, mulher de outro mito da modalidade, Adilson Maguila. O novo e triunfal nocaute foi no terceiro round, depois de Verón já ter ido ao chão logo no começo.

As quedas vieram pela potente direita, a famosa “Mão de Pedra”. Nas habituais provocações pré-luta, Popó havia prometido “arrancar a cabeça” do argentino. Não chegou a tanto, mas o protetor bucal do derrotado voou longe, para o meio da plateia, no golpe derradeiro, um upper de direita.

“Ainda tinha muita desconfiança das pessoas. Saber, verdadeiramente, se o campeão estava em forma. Infelizmente muita gente tinha dúvida. Mas está aí. O campeão voltou, contra um cara quase 14 anos mais novo do que eu. Fui lá e mostrei que a mão continua pesada”, disse Popó.

(Foto: Ivan Storti e Caio Storti)

(Foto: Ivan Storti e Caio Storti)

Além de estar em nova categoria (pretende disputar o título numa abaixo, nos 66 kg), foi quase tudo como antes, incluindo o nocaute. A grande novidade foi a comemoração, feita como de um novo título mundial.

“Depois que o meu adversário caiu, eu parei para tirar uma foto, levantando a mão e olhando para ele. Fiz questão de quando ele estivesse no chão. Nunca fiz isso. Sempre tive vontade, mas já vi tantos lutadores fazendo isso, o Muhammad Ali. E hoje tive essa felicidade”, revelou.

Sem lutar há três anos (fez uma única luta em 2012, quando já esta parado desde 2007), ele fez uma preparação de cinco meses para a sua volta, os três últimos em Santos, treinando diariamente corridas na praia, físico e técnico na academia montada pela Memorial especialmente para ele. “Voltei porque sei que sou um excelente profissional, porque tenho uma grande equipe total e altamente profissional”, vibrou.

“Tive de fazer um trabalho para um título mundial. Foram cinco meses para essa luta. Correndo todos os dias, treinando todos os dias e fazendo tudo aquilo que um campeão verdadeiramente tem de fazer, para honrar a todas as pessoas que vieram assistir. E falar que o esporte que eu faço não é de brincadeira. É de verdade. Treino com vontade e treinei de verdade para fazer isso”, desabafou.

EM SANTOS – Popó também enalteceu a excelente acolhida que teve em Santos e já anunciou que sua terceira luta, no final deste ano, antes de tentar o novo título, deve ser na Cidade, novamente. “Todos os motoristas de ônibus, o pessoal que limpa as ruas no horário das dez, a galera que faz o seu treinamento na praia, me viu treinando todos os dias, com meu irmão (Luiz Claudio), que me acompanha desde que comecei, o Ulisses (Pereira), meu técnico, o Kako, que ajudou muito”, contou.

“A luta aqui foi sensacional. Além do público, o espetáculo todo, a produção. No final do ano queremos fazer mais uma luta, antes do título, e o Seu Pepe (Altstut) disse que vai ser aqui em Santos. Que ele amou a minha estadia”, anunciou Popó, que já tem uma nova luta marcada para o fim de outubro, em Belém. “O adversário deve ser um chileno. Estamos estudando”, comentou.

AGRADECIMENTOS – Ao final da luta, Popó destacou três pessoas, duas delas, segundo ele, fundamentais para que seu retorno fosse efetivado, os empresário Pepe e Denys Altstut, responsáveis pela realização da noitada, e sua mãe, dona Zuleica, que não assiste as lutas. “Pepe, Denys, é para vocês”, dedicou o pugilista ainda em cima do ringue. “Vocês proporcionaram a alegria toda para o povo brasileiro. Me incentivaram e ajudaram a isso tudo acontecer novamente. Tenho de agradecer muito a vocês, à Memorial”, agradeceu.

“Mãe, eu te amo. Essa vitória foi para a senhora, que não assiste. Mas não esqueça de uma coisa: Eu quero minha feijoada”, brincou Popó ao final da entrevista.

(Foto: Ivan Storti e Caio Storti)

(Foto: Ivan Storti e Caio Storti)

NAS MÍDIAS SOCIAIS – O “craque” dos ringues também mostrou estar antenado com o futuro.

“O Brasil inteiro parou. O esporte dá alegria. Recebi milhares de manifestações nas mídias sociais. Alcançamos o Trend Topics no Twiter como um dos assuntos mais comentados no Mundo. Até mesmo o presidente da WBC (World Boxing Council), Mauricio Sulaiman, me parabenizou. A repercussão internacional da minha volta aos ringues está só começando”, relatou Popó.

A LUTA – A vitória, por muito pouco, não foi logo no primeiro assalto. Popó dominou o ringue, deixando Mateo “encurralado” no corner e com um direto de direita o levou para a lona faltando 1 minuto e 30 segundos, para delírio da torcida. O argentino desmontou, caindo de rosto no chão, mas conseguiu se recuperar.

“Não acreditei que ele fosse levantar”, afirmou o vencedor.

No segundo round, a luta ficou mais trabalhada, com o argentino querendo usar sua envergadura (é 17 cm mais alto). Já no terceiro round, Popó foi decidido. Derrubou Mateo uma vez, duas e depois de uma saraivada de golpes, veio o nocaute definitivo com um upper, que fez o protetor bucal voar longe e o rival cair desacordado, precisando de atendimento médico.

“Eu treinei muito jab, só que fiquei com um pouco de receio de usar o golpe, porque argentino sempre cruza por cima. Ele tentou fazer isso algumas vezes e aí foi a mão direita, que a gente sempre está treinando muito. O golpe direito é o mais forte que eu tenho e deu tudo certo. Ainda bem que ele tinha uma cara para parar o meu soco”, complementou Popó.

Ele garante que agora o foco fica para os dois maiores pugilistas da atualidade, Floyd Mayweather e Manny Pacquiao.

“Comecei com isso e não paro mais. Vou em cima dos melhores”, finalizou Popó, com o impressionante cartel de 42 lutas, 40 vitórias, 34 delas por nocaute, e até agora, quatro títulos mundiais.

Sobrinho e filho também venceram no mesmo evento

O evento contou com outras sete lutas, tendo como destaque a conquista do título nacional dos pesos leves (61,2 kg) com o sobrinho de Popó, Vitor (Memorial) . Quem também lutou foi o filho mais velho do campeão mundial, Igor Freitas, completando a sequência de vitórias da família na mesma noite. Igor foi o primeiro do evento a subir no ringue e venceu, por pontos, Angelo Moura, nos pesos pesados.

Na segunda luta, Paulo Soares (Memorial), um dos sparrings de Popó, garantiu sua segunda vitória como profissional, superando Gustavo Bezerra nos leves. Talento local, Felipe Moledas (Memorial) levantou o público ao derrotar Renato Pedro, também pelo peso leve. Na sequência, nos pesados (90,7 kg) uma disputa dura, com o experiente Lino Barros vencendo Rodrigo Nocaute.

Depois, foi a vez de Isaac Rodrigues levar a melhor sobre Claudio Porto, nos super médios (76,2 kg). O rival chegou a cair quatro vezes no primeiro assalto, resistiu mas acabou nocauteado no quarto round.

Já na disputa do título brasileiro dos leves, Vitor enfrentou um rival com grande vivência nos ringues, Sydney Siqueira e a decisão foi por pontos, após dez rounds. Vitor subiu no corner chorando.

“Obrigado a Deus. Foram quatro meses focado nesse título. Preciso agradecer ao Luiz Claudio (irmão de Popó), que é um pai, irmão, avô, me ajudou em tudo até chegar aqui. E também à Memorial, por todo o apoio”, comemorou.

A programação foi encerrada com a vitória de Gilberto Yorubá sobre Davi El Loco, nos super meio médios. Davi vinha dominando a luta até que no terceiro assalto sofreu uma fratura no nariz, que decretou o nocaute técnico. O evento foi uma realização da Memorial, com apoio da Prefeitura de Santos, MB Esquadrias, Amex Comercial Elétrica e Posto do Açaí. Organização: Friends.

Confira os resultados completos do evento:

1 – Categoria pesado (até 91 kg) – Igor Freitas venceu Vagner Gabriel por pontos

2 – Categoria leve (61,2 kg) – Paulo Soares venceu Gustavo Bezerra por nocaute no 1º round

3 – Categoria leve (61,2 kg) – Felipe Moledas venceu Renato Pedro por pontos

4 – Categoria pesado (mais de 90,7 kg) – Lino Barros venceu Rodrigo Nocaute por pontos

5 – Categoria super médio (76,2 kg) – Isaac Rodrigues venceu Cláudio Porto por nocaute no 4º round

6 – Categoria leve (61,2 kg) – Vitor Jones venceu Sydney Siqueira por pontos e garantiu o título brasileiro

7 – Categoria super meio médio (69,8 kg) – POPÓ FREITAS venceu Mateo Verón (ARG) por nocaute no 3º round

8 – Categoria super meio médio (69,8) – Gilberto Yorubá venceu Davi El Loco por nocaute técnico no 3º round

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